domingo, 20 de dezembro de 2009

ENCERRAMENTO DO GESTAR

Na manhã do dia 18, 6ª feira, aconteceu o encerramento do programa Gestar/Capinzal no auditório da Escola Municipal Viver e Conhecer.
O protocolo foi feito pelo coordenadora do programa, professora Veranice Maria Lovatel.


Na oportunidade, eu e a formadora Nilza fizemos uma homenagem para as cursistas antes da entrega dos certificados. Com certeza, elas foram essenciais para que o objetivo do programa fosse alcançado. Parabéns, protagonistas de uma nova história educacional!

Também foram homenageadas as professoras Veranice (coordenadora do Gestar) e Josimara Poggere (professora de informática que nos auxiliou com sua saberdoria digital).




Parabéns para todos nós que lutamos por uma Educação de qualidade!


Cursistas de Língua Portuguesa e Matemática do município de Capinzal

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

AVALIAÇÃO DO GESTAR

O grupo do Gestar do município de Capinzal fez uma avaliação do programa. Como estávamos finalizando o curso, era importante saber qual é o olhar de cada cursista após esta experiência. As cursistas avaliaram os seguintes aspectos:

  • material do Gestar;
  • prática pedagógica;
  • cursista;
  • formadora.

Destaco abaixo alguns comentários delas sobre os itens acima citados.

Participei de todas as atividades propostas da melhor forma que pude. Procurei as atividades propostas nos prazos determinados sempre que possível. Procurei fazer sempre o melhor e aprender o máximo de cada etapa. Professora Marta

Gostei bastante de participar deste programa. Aprendi muitas coisas boas que poderei aproveitá-las para projetos e planos de aula. Professora Angela

Acredito que aperfeiçoou meu trabalho em sala de aula, levando aos alunos maneiras diferentes de ensinar e aprender. Professora Marisa

O curso do Gestar abriu ou "avivou" perspectivas de trabalho, muitas vezes esquecidas ou deixadas de lado. Exemplo: O trabalho com a música de Chico Buarque - para mim e para os alunos o trabalho surpreendeu pelo envolvimento de todos com uma música que não é repertório dos adolescentes. Professora Izolete

O material oferecido é bastante rico. É suporte para o trabalho de 5ª a 8ª série em diferentes temas, com abordagens criativas e diversificadas que fizeram mudar o nosso jeito de ensinar e aprender. Professora Mirian

O material do Gestar é ótimo. Traz propostas contextualizadas e contempla todas as habilidades em LP. Professora Vanuza

Formadora: Nota 10. Muito comprometida, responsável, preocupada e acima de de tudo, dedicada para desenvolver da melhor forma possível os temas propostos. Professora Merci

Formadora: Competente, carinhosa, esforçada e capaz de orientar-nos no processo pela busca do conhecimento. Professora Alessandra










Professoras do Gestar realizam avaliação do programa

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Oficina XII - Recriação de quadro de Portinari

Professoras do Gestar produziram um exercício artístico. Elas recriaram a obra do pintor brasileiro Cândido Portinari. Diferentes técnicas foram utilizadas: recorte e colagem, fotografia e desenho.



AULA DE PORTUGUÊS


A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.



A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?


Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas da minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.



Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.


O português são dois; o outro, mistério.




Carlos Drummond de Andrade, Obra Poética, 7º Volume

Relatório XI - Despertando olhares

Cursistas apresentaram os resultados e as experiências adquiridas com o Avançando na Prática da seção da unidade 6 do TP2.

Foi uma atividade interessante. Os alunos produziram textos a partir de uma imagem (pintura).

As cursistas orientaram os educandos para que observassem cada detalhe, as cores utilizadas, o espaço representado, a fisionomia dos participantes, enfim, a situação representada.

Segundo as professoras, foi um momento de socialização de impressões, olhares, opiniões e, também de escrita. Alguns alunos realizaram uma leitura mais profunda, outros ficaram na superficial e a mediação da professora foi essencial para a ampliação da leitua da imagem.




Imagem explorada: Morro da favela, Tarsila do Amaral, 1924.




Cusistas apresentando o relatório:






sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Relatório X - Criação de Desfecho e Ditados Populares

Mais um "Avançando na prática" foi contemplado em nossas práticas educativas.
Grande parte do grupo desenvolveu a atividade proposta pela seção 2 da unidade 4 do TP1. Esta sequência didática trabalha com a produção de um desfecho para uma história.
Diferentes gêneros foram trabalhos nesta atividade. Os alunos criaram finais para:
  • o filme "As crônicas de Spiderwick" - professora Marisa.
  • o filme 'As memórias de Emília" - professora Angela.
  • a fábula "O urso e as abelhas" - Professora Mirian.
  • a fábula "O leão e o ratinho" - professora Noemi.
  • o conto "A gulosa disfarçada" - professora Vanuza.
  • história em quadrinhos " Cebolinha e a rolha" e "Chico Bento em O ESPIÃO"- professora Marta.
  • os contos "O bisavô e a dentura" e "A morte da tartaruga" - professora Marta.

As professoras conversaram com os alunos sobre a produção de texto, em específico, que quando alguém inicia um texto, ele pode tomar vários rumos, tudo vai depender da vontade de quem escreve.

Na socialização dos finais criados, a cada texto lido, novos desenvolvimentos e conclusões eram sugeridos pelos alunos. Com isso, todos perceberam que uma história se "desenrola" diferente na ideia de cada um e as possibilidades são ilimitadas. Além disso, a criatividade foi despertada. No final, os desfechos originais foram lidos ou assistidos que, só neste momento, puderam comparar as produções com aquilo que o autor escreveu.

Já a professora Alessandra optou pela seção 1 da unidade 4 que explora os ditados populares. A cursista Marta também desenvolveu esta atividade.

Segundo o relato das cursistas, o trabalho iniciou-se com a pesquisa com os familiares sobre os ditados populares. Posteriormente, os alunos socializaram as respostas obtidas e verificou-se que, principalmente, as pessoas mais idosas da família conheciam uma quantidade maior de ditados populares. Em seguida, as cursistas relataram que exploraram com as turmas que cada ditado possui um sentido denotativo e outro conotativo.


Para finalizar, os alunos ilustraram os ditados populares. Foi um trabalho interessante e positivo, pois aproximou gerações e o conhecimento dos alunos foi mais uma vez ampliado.






Alunos da 5ª série - Professora Marisa


Relato sobre a atividade do GESTAR


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Procura-se

A professora Marta desenvolveu em suas aulas de redação a atividade "Procura-se" proposta no AAA3. A produção foi aplicada na 8ª série da CNEC. Mais uma vez a escrita foi ampliada e a criatividade despertada.
Parabéns, professora Marta!











Oficina X - Intertextualidade

Nossa pauta contemplou um assunto importantíssimo: Intertextualidade.

Inicialmente, relembramos o conceito de texto. A palavra texto provém do latim textum, que significa "tecido, entrelaçamento". Assim, resulta da ação de tecer, formando um todo, uma rede.
Charolles (1987) afirma que um texto é uma sequência de frases com relações entre si.
Dando contimuidade, nossa reflexão foi para o tema "intertextualidade".
Uma ótima definição é dado por Beaugrande e Dressler (1981) é "a intertextualidade compreende as diversas maneiras pelas quais a produção e a recepção de dado texto depende do conhecimento de outros textos por parte dos interlocutores, isto é, diz respeito aos fatores que tornam a utilização de um texto dependente de um ou mais textos previamente existentes."

Assim, a intertextualidade pode ser conceituada como um diálogo entre textos.Alguns exemplos:



Canção do Exílio


Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.



Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.


Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite
- Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.


Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá." (Gonçalves Dias )





Canção do Exílio





Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas

nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade! (Murilo Mendes )





Meus oito anos

Oh!Que saudade que tenho
Da aurora da minha vida
da minhainfância querida
Que os anos não trazem mais
Que amor,que sonhos,que flores
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjas!(Casimiro de Abreu)


Meus oito anos



Oh que saudades que eu tenho
Da aurora de minha vida
Das horas
De minha infância
Que os anos não trazem mais
Naquele quintal de terra
Da Rua de Santo Antônio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais(...) (Oswald Andrade )




A intertextualidade está presente em diversas áreas do conhecimento, como na pintura e na publicidade.









Agora, qual deve ser o olhar do professor em relação à intertextualidade no ensino de Língua Portuguesa?
Um ensino que tem por objetivo ampliar a competência discursiva do aluno, deve trabalhar com intertextos, pois um texto está sempre relacionado a outros, e nesse diálogo, há o fio condutor que permite compreender seus sentidos. Assim, nós, professores, devemos formar alunos reflexivos, capazes de identificar diferentes sentidos existentes em cada texto realizando a leitura de forma crítica e consciente num ensino produtivo.

As cursistas também assistiram ao vídeo abaixo. Vale a pena conferir.








Relatório IX - Discussão e Dramatização


Cada cursista desenvolveu a atividade de acordo com o seu interesse e planejamento bimestral. Dessa forma, todas as sequências didáticas das seções da Unidade 2 do TP1 foram aplicadas.
De acordo com as cursistas, Angela, Mirian e Noemi que realizaram a atividade da seção 1, o trabalho aplicado com turmas de 5ª série foi bastante significativo, pois os alunos tinham experiências para relatar.
O tema abordado pelos textos "O menino Maluquinho" de Ziraldo e "Por que seus pais estão se divorciando" de César Tozzi (tradução) provocou muito debate e alguns depoimentos chocantes de alunos que geralmente não participam oralmente, mas sentiram-se motivados pelo tema "divórcio" e defenderam opiniões e experiências difíceis.
Os alunos destacaram que:
  • Os pais podem superar, mas os filhos não.
  • Os filhos sofrem com as brigas físicas.
  • O diálogo deve acontecer mais na família.
Segundo as professoras, o tema é polêmico e todos queriam opiniar sobre ele. Foi um momento bastante oral, de discussão de ideias e troca de experiências entre os alunos.
As professoras Marisa e Vanuza desenvolveram a sequência didática da seção 3 com alunos de 6ª e 7ª série. As cursistas relataram que o trabalho reflexivo sobre a oralidade em sala de aula foi muito produtivo.







A professora Marisa separou os alunos em grupo de acordo com as preferências deles. As perguntas estavam organizadas em fichas.












A cursista destacou que os alunos tiveram dificuldades com as palavras interlocutores e berlinda. Além disso, os alunos afirmaram que ouvem até o final se o assunto é interessante, senão "rola" uma conversa paralela. Quanto às inadequações da linguagem do interlocutor, gostam de interagir, pois acreditam que seja uma forma de auxiliar o colega.



A professora Vanuza também trabalhou com esta atividade e aproveitou as respostas dos alunos para a confecção de gráficos. A atividade foi aplicada com a 6ª série. A professora inciou a aula com uma auto-avaliação sobre como agem quando são interlocutores e ouvintes.Para cada pergunta feita, os alunos escreviam a frequência feita em cada situação (sempre, às vezes, raramente ou nunca). A cursista afirmou que nem todos foram sinceros nas respostas dadas. Em seguida, a turma fez os gráficos e analisaram o perfil da turma em relação à oralidade.Ela aproveitou momento e trabalhou com dicas sobre oralidade.Aspectos explorados:
  • naturalidade;
  • pronúncia das palavras;
  • intensidade da fala;
  • ritmo adequado;
  • gramática e vocabulário
  • postura física.



Professora Vanuza apresentando o relatório



As professoras Marta, Alessandra e Izolete optaram pela seção 2.

A professora Alessandra destacou que o poema "O caso do vestido" de Carlos Drumonnd de Andrade chamou muito a atenção dos alunos de 7ª série. As turmas gostaram do texto e demonstraram interesse pela proposta de trabalho.

Inicialmente, foi realizado uma leitura individualizada e outra "dialogada" com os personagens identificados. As discussões e interpretações aconteceram . Quanto ao entendimento do texto, alguns alunos acharam difícil, pois as palavras são complicadas, diferentes das atuais. Já outros afirmaram que apesar do vocabulário rebuscado, a situação apresentada no poema persiste até hoje. Aos poucos, com a discussão, os alunos conseguiram fazer uma análise mais profunda.

Em seguida, os alunos foram desafiados a dramatizar o texto. Alguns grupos apresentaram o texto na íntegra e outros apresentaram uma possível continuação do poema de forma trágica ou cômica.


Alunos 7ª série - Viver e Conhecer







Alunos 8ª série - CNEC



As professoras Izolete e Marta realizaram o trabalho com turmas de 8ª série. Elas exploraram o texto "O casamento dos pequenos burgueses" de Chico Buarque.

Elas destacaram que a música estudada é de qualidade e que os alunos aprenderam a apreciá-la. Eles também tiveram dificuldades quanto ao entendimento de alguns versos e foi necessária a intervenção do professor.Alguns dramatizaram o orginal e outros grupos apresentaram uma paródia do texto.

De modo geral, as sequências didáticas propostas no Tp1 alcançaram êxito e a oralidade de nossos alunos foi ampliada.

Oficina IX- Certo ou adequado?

O grupo do Gestar desenvolveu a aula nº 8 do AAA1.
Em duplas, as cursistas discutiram o texto "Falar mal, o caminho da exclusão" de Gilberto Dimenstein e os comentários de Evanildo Bechara, Maria Thereza Fraga Rocco e Márcia Regina Hipólito.
Depois, cada dupla apresentou para o grande grupo o seu ponto de vista sobre o assunto enfocado nos textos.



Ideias destacadas pelas cursistas:
  • em se tratando de língua, não existe certo ou errado;

  • há variedades linguísticas;

  • cada indivíduo utiliza, na sua vida diária, um tipo de "língua" para conversar com pessoas mais íntimas e outro para se dirigir a alguém menos próximo;

  • as línguas variam no tempo e no espaço;

  • o que existe é o adequado e o não adequado de acordo com a situação.

Cabe lembrar que:

O domínio da língua tem estreita relaçao com a possibilidade de plena participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói conhecimento. Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.

(PCN/1997)